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m 2020, no auge da era digital e das intera₢oes virtuais, nos deparados com uma situa₢ao adversa. Uma pandemia global atingiu a todos, trazendo novas dinâmicas às rela₢oes sociais. Pelo perigo imanente de contaminação, a sociedade se viu obrigada a readaptar seus modos de interação - anteriormente mais próximos e físicos. O apelo já existente a comunicaçao virtual na sociedade comtemporanea - informacional – e hiperconectada se aprofundou dada a necessidade do afastamento entre os corpos, nesse sentido, algo foi realizado: a maneira que estabelecemos contato nunca mais seria a mesma e a presença de um canal cibernético seria admitida e, num impeto mais ousado, regraria nossos gestos, olhares, vozes e ações que se colocam como recursos para nos conectar ao outro. Diante da pequeneza do virus e seu poder mortifero, emerge-se a busca pelo entendimento acerca do caos que fomos expostos. Seria esse virus capaz de agravar os mecanismos de biopolítica que regem os seres humanos, e no mais, num exercício necropolítico ditar quem são os dignos de viver a vida? Novos significados de afetos foram trazidos e estão sendo construídos em meio ao isolamento social. O que antes poderia ser entendido como um mecanismo auxiliar para a continuidade das relações pre-existentes, hoje é mais do que isso, o ambiente virtual é protagonista, sem ele ficamos inabilitados para potencializar as trocas entre seres humanos. A exposição contagio busca explorar as práticas, os modos e os limites desse novo modus operandi comunicacional e de existencia. O trabalho propõe um passeio interativo pela casa de alguem em isolamento. Dentro dessa casa e possivel transitar pelos comodos e descobrir diversos aspectos dessa condicao. Usando artificios estéticos e linguagem associada a internet, conceito de espa₢o e transfigurado para o ambito digital, onde ocupa-se este lugar e o transforma num universo em encontro com o fisico e o digital.
Algumas questoes sao pontuadas, como a falta de afetividade fisica pode se tornar angustiante, quando nao se entra em contato com outro individuo, nos tornamos imunes a contaminacao, mas tambem a conexoes significativas. Outra reflexao proposta, é a da vida na internet. como nos transportamos para o universo digital durante muito tempo em nossas vidas, afinal, interagindo atrai~es dele, estariamos nos encaminhando para relacoes cada vez mais fundadas na internet? Com a grande escala de conectividade entre as pessoas na contemporaneidade, o contagio foi espalhado de forma rapida, temos como resultado o quanto estamos cada vez mais proximos um do outro, mesmo que caminhando pela individualidade. Atrav~es deste fenômeno,~e possível concluir que a globaliza₢ao por si sõ, e a interação mesmo que for₢ada pela rotina e dinâmicas de trabalho, circulação, e agente fundamental na disseminação de doenças. E Como na mesma sociedade que coabita a todos, lida com a repulsa de corpos doentes em meio ao tecido social.
Sendo assim, o contato, mesmo feitor de toda dissiminacao de enfermidades, tambem age como determinante exercício de intera₢ao entre corpos, tornando experiencias individuais em trocas mais empáticas e verdadeiras. As interaçoes social ainda se faz importante nos tempos de hoje, por mais que atravessemos circunstancias atípicas.

In 2020, at the height of the digital age and virtual interactions, we were faced with an adverse situation. A global pandemic has hit everyone, bringing new dynamics to our social relations. Due to the immanent danger of contamination, society was forced to readapt its ways of interaction - previously closer and physical. The existing call for virtual communication in contemporary society - informational - and hyperconnected has deepened due to the need for separation between bodies, in this sense, something has been accomplished: the way we established contact would never be the same and the presence of a cyber channel it would be admitted and, in a bolder impetus, it would rule our gestures, looks, voices and actions that are placed as resources to connect us to the other. Given the smallness of the virus and its deadly power, the search for understanding about the chaos we were exposed to emerges. Would this virus be able to aggravate the mechanisms of biopolitics that govern human beings, and, moreover, in a necropolitical exercise to dictate who are worthy of living life? New meanings of affections have been brought up and are being constructed in the midst of social isolation. What before could be understood as an auxiliary mechanism for the continuity of pre-existing relationships, today is more than that, the virtual environment is the protagonist, without it we are unable to enhance exchanges between human beings. The contagio exhibition seeks to explore the practices, modes and limits of this new communicational and existence modus operandi. The work proposes an interactive tour of someone's home in isolation. Inside this house it is possible to go through the rooms and discover various aspects of this condition. Using aesthetic artifices and language associated with the internet, the concept of space is transfigured for the digital environment, where this place is occupied and transforms it into a universe in encounter with the physical and the digital.
Some issues are punctuated, such as the lack of physical affectivity can become distressing, when one is not in contact with another individual, we become immune to contamination, but also to significant connections. Another proposed reflection is that of life on the internet. how do we transport ourselves to the digital universe for a long time in our lives, after all, interacting its attractions, would we be heading towards increasingly founded relationships on the internet? With the large scale of connectivity between people in contemporary times, the contagion was spread quickly, we have as a result how much closer we are to each other, even if walking through individuality. Through this phenomenon, it is possible to conclude that globalization by itself, and interaction even if forced by routine and work dynamics, circulation, and a fundamental agent in the spread of diseases. And As in the same society that cohabits everyone, it deals with the repulsion of sick bodies in the midst of the social fabric.
As such, contact, even as a factor in all disease dissemination, also acts as a determinant exercise of interaction between bodies, making individual experiences more real and empathic exchanges. Social interactions are still important today, no matter how much we go through unusual circumstances.